Juliette conta que recusou convite para dublar animação ao se deparar com exigência de alterar seu sotaque

Em uma conversa franca no programa Saia Justa, do GNT, Juliette Freire revelou uma experiência marcante de sua vida profissional. A ex-BBB, hoje também cantora e apresentadora, relatou que desistiu de dublar uma princesa em um filme de animação após ser orientada a neutralizar seu sotaque nordestino. “Foi um convite que me emocionou profundamente, minha …

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Em uma conversa franca no programa Saia Justa, do GNT, Juliette Freire revelou uma experiência marcante de sua vida profissional. A ex-BBB, hoje também cantora e apresentadora, relatou que desistiu de dublar uma princesa em um filme de animação após ser orientada a neutralizar seu sotaque nordestino.

“Foi um convite que me emocionou profundamente, minha família também ficou muito feliz”, lembrou Juliette. Contudo, ao iniciar o processo, veio a surpresa: “Me pediram para suavizar meu sotaque. Eu disse: ‘Não’. Meu jeito de falar me trouxe até aqui. Quero que as crianças ouçam uma princesa falando como eu, com meu sotaque”, contou. Sem mencionar qual era o projeto, ela reforçou que preferiu abrir mão da oportunidade, e o papel acabou ficando com outra pessoa.

O episódio foi compartilhado em um programa que também contou com a presença da atriz paraibana Isadora Cruz — conhecida por manter seu sotaque em produções como Guerreiros do Sol. A conversa serviu de ponto de partida para uma reflexão sobre a importância da pluralidade linguística e a valorização das identidades regionais no audiovisual brasileiro.

Atualmente dividindo a apresentação do Saia Justa com Eliana, Bela Gil e Erika Januza, Juliette enfatizou que não pretende abrir mão de suas raízes culturais, mesmo quando isso significa recusar trabalhos promissores.

A fala da artista repercutiu nas redes sociais, gerando opiniões diversas. Alguns usuários defenderam que dubladores devem adaptar-se ao perfil do personagem, enquanto outros elogiaram Juliette por reafirmar seu compromisso com sua identidade cultural, em um mercado que ainda favorece padrões linguísticos ligados ao eixo Sul-Sudeste.